A arte é um campo vasto, a música nem se fala. No Brasil, tal país de tamanho continental que é, a coisa cresce mais ainda. Escrito isso, use as redes a seu favor. Depois de ouvir no Superplá o papo de João Gordo com Edgar Scandurra e Ariel, resolvi pesquisar no Youtube sobre Ariel, figura seminal do movimento Punk no Brasil. E eis que apareceu Ariel – Sempre Pelas Ruas.
O documentário traz depoimentos de personagens que fizeram parte da cena nos anos 70 e 80, quando tudo surgiu, como o recém falecido Jabá (Ratos de Porão), Clemente (Restos de Nada, Inocentes), João Gordo e Jão (Ratos de Porão), Zorro (Invasores de Cérebro), Fábio Massari (jornalista), Tina que fez parte do movimento e entrevistou o público e bandas no festival O Começo do Fim do Mundo e foi companheira de Ariel, membros das gangues da capital e do ABC que assustavam a imprensa e sociedade na época. Em meio a tantos depoimentos faltou o da também lenda Redson, mas tem Val Pinheiro e Pierre Pozzi representando o Cólera e contando como tudo começou.
O documentário fala das influências (New York Dolls, Stooges, MC5), formações das bandas, que duravam pouco, das casas de shows e causos envolvendo as apresentações, as tretas entre eles e com os punks do ABC e acima de tudo mostra que muitos seguiram a vida toda com os mesmos ideias, como Ariel. Tantos anos depois eles chegam à conclusão que as brigas e desunião impediram o movimento de crescer como devia.
Ariel fez parte da Restos de Nada, da Inocentes e da Invasores de Cérebro, essa última a sua banda mais longeva. Ariel é uma figura acima do movimento, idolatrado por muitos. Até por membros das gangues inimigas.






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