A volta da Lupe de Lupe a Natal

Foto: Divulgação DoSol

Segunda-feira, 19h40. O DoSol, que há um ano está localizado no bairro natalense de Potilândia, estava lotado. Em sua maioria por jovens entre 20 e 30 anos para assistir o quinteto (na tour está como quarteto) Lupe de Lupe que no momento está disperso pelo entorno da casa. Jonathan Tadeu está na mesinha do merchan, que vai ajudar bastante na tour já que as camisas ficaram bem bonitas. Enquanto trocava uma ideia com Jonathan, Foca chega para avisar que é hora de alegrar a juventude. É o quarto show da tour de despedida de Cícero Nogueira (bateria).

Sem Deus e sem mestre a banda abre a apresentação que duraria por volta de 1h30, sem bis, com “Frágua” e “Fortaleza”. O público ainda está frio, a sala também com a climatização nos 17º. Um rapaz canta de olhos fechados, uma menina observa encostada na parede como se concentrada nos detalhes. Quase não se vê telefones filmando, o que é ótimo. Ainda mais para uma geração que não larga o aparelho. Esses jovens que hoje curtem a banda, deviam ter por volta dos 15 anos lá em 2011 quando a Lupe lançou Recreio. Um boa renovação de público numa época de bandas e discos tão voláteis. Sem falar que a banda não tem redes sociais, além do Facebook que não é atualizado com frequência.

Em “SP (Pais Solteiros)” o público já estava animado o suficiente para eu sentir falta de uma roda de pogo. Nem só de melodias dançantes vive a Lupe de Lupe, vide “Eu Já Venci”. Ao fim de “Enquanto Pensa no Futuro” Jonathan Tadeu canta um trecho de “Perfeição” da Legião Urbana. A galera sub-30 (alô, Gustavo Lamartine) não deve ter captado, mas há tempo pra se debruçar na obra da banda. A roedeira de “Pavimento” foi cantada em coro e “17” me levou de volta a 2012.

Ana Morena viu que já era hora e entra para botar moral e acabar a sessão. Se deixasse a banda tocava mais de 2h e a molecada ficaria por lá. Findado o show, equipamentos guardados, os fãs voltam a carga do início da noite com perguntas, fotos, declarações de amor a banda. Um a um vão indo embora, meio a contragosto (Ana Morena botando moral de novo porque em outras noites outras turmas insistiram em ficar pela frente até tarde). Era hora de Vitor Brauer, Jonathan Tadeu, Cícero Nogueira e Renan Benini (que nadou na Praia do Meio sozinho) irem comer algo. Indiquei o famigerado Espetinho do Pedrão que só não abre aos domingos. Renan não curtiu pois é vegetariano. Por sorte lá tem batata frita.

Muito bom ver que os shows estão voltando com força e bandas como a Lupe de Lupe estão se aventurando pelo Nordeste. No caso deles em um Corsinha Hatch que levou os quatro e o equipamento de Maceió a Fortaleza.

O Dosol está com agenda cheia com shows praticamente todos os dias da semana, algumas atrações com sessões extras pela capacidade da sala. Pra ficar por dentro de tudo só ir no perfil do DoSol no Instagram. E para acompanhar a Lupe de Lupe é só acessar o site da banda.