A capixaba Mukeka Di Rato está de volta com Boiada Suicida, primeiro disco de inéditas em 8 anos. Tem rock, hardcore, reggae, bubblegum e versão para “Pedrada”, de Chico César. Com Fepaschoal nos vocais e participação de Lúcio Maia e Aliado Jota a banda segue seu caminho aberto com Gaiola, um clássico do hardcore nacional.
Boiada Suicida, desde a capa com Mussolini e asseclas na posição que merecem estar, nada mais é que um resumo do que estamos passando há 4 anos e vem piorando ao se aproximar a eleição. Violência, charlatanismo, História tratada como mentira, a desgraça do não misturar música com política, militarismo bandido, pobreza… Mas também há luta e pensamentos em dias melhores.
O disco é uma aula de rock/punk/hardcore. São influências que se misturam no disco que tem 16 faixas que não totalizam 30 minutos de pancada. A conexão entre as músicas, a cadências dos ritmos e vocais de Fepaschoal são destaques. Tem vocal limpo e tem vocal gritado. Inclusive se é para reclamar, reclamo da limpeza do som. Talvez eu esteja escutando muito Ratos e Cólera do início de carreira.
Destaque para “Pedrada”, de Chico César, que ganhou um tiquinho de peso a mais. A letra em si executada só com voz e violão já é pesada o suficiente. Espero que façam outras versões para essa letra de Chico que já nasceu um clássico.