Mago da Silva é um artista que transita muito bem entre o Beco da Lama e a Praia do Meio, podendo chegar a Pipa e voltar para a Ribeira. Não a Ribeira de hoje, a Ribeira de muitos anos atrás onde víamos uma cena cultural em ebulição e que hoje resta em saudade.

Mago da Silva integrou as bandas Zaratustra nos anos 90 e Casa de Orates nos anos 2000. Partiu daí pra uma carreira solo. Mas de solo se entenda colocar seu nome a frente das criações, já que elas sempre contaram com parcerias riquíssimas como mostra o álbum E o Pior Qu’isso Tudo Não é Ficção. Lançado em 2011 o disco traz inúmeras participações que fazem do disco uma obra diversa em influências. Se o Samba está no ponto central, ela passeia pelo pop muito bem e adiciona elementos de rock, funk, soul e tudo que cabe na cabeça do Mago.

Desde a feitura de uma capa que gera diversas interpretações, a obra traz em seu cerne o questionamento. Mas um questionamento de forma suave através de criações musicais dançantes. Divertir e questionar.

O disco, contemplado no edital Núbia Lafayete de Música Potiguar, começou a ser gravado antes do recebimento da premiação e durou 2 anos. Tempo que deu para maturar a obra e sair como queria seu criador. Isso se deu muito pelas mãos do produtor Zé Marcos que abriu seu estúdio e deixou Mago, banda e convidados a vontade. O disco conta com participações de Marcelus Bob, Badu Morais, Gilberto Cabral, Antônio de Pádua, Clara, DJ Samir, MC Priguissa, Neguedmundo, entre outros.

O disco ganhou o Prêmio Hangar de Música como Melhor Disco de Música Popular de 2011 e foi incluído no catálogo 100 Discos do Rock Potiguar. Desde seu lançamento é a obra mais conhecida de Mago da Silva, mesmo com a falta de publicidade na época. Por isso o artista está para fazer uma festa que vai funcionar como relançamento da obra.

Você pode ouvir o disco abaixo em mais uma parceria com o Botija Rio Grande, toda a ficha técnica está disponível na página do youtube.