Foto: Rafael Passos

O quarteto Bixanu surgiu em 2024 e lança agora seu EP de estreia CANDYPUNK. A banda vem se apresentando pelos palcos de Natal e Parnamirim, cidades de onde vem os quatro integrantes, e em março participou abrindo a série de show + entrevista do Verão na Lata. Projeto da Casa do Rock e Nobir Produtora. A Bixanu é formada por Álvaro Cruz (guitarra), Hugo Valentim (guitarra e vocais), Makárius (bateria) e Isabel Severiano (vocais). As três músicas do EP com uma pegada rock pesada e ao mesmo tempo pop, passa por influências diversas do pop punk, emocore, rock alternativo e hardcore.

A temática das letras em inglês abordam o dia a dia do jovem com destaque para o relacionamento que parece a cada dia ficar mais difícil. A sonoridade dá um ar de dramaticidade, tornando-as emocionais e melancólicas.

As canções foram gravadas em janeiro de 2025 na Sede Cultural DoSol, como parte do projeto de residências artísticas do selo para fomentar a cena local, e também no estúdio Tatuí Records, ambos em Natal. A produção ficou a cargo de Yves Fernandes (produtor e engenheiro de som) e Neto Batoreh (coprodutor). A mixagem foi assinada por Hugo Valentim e a masterização por Yago Marques. A identidade visual do trabalho foi desenvolvida pela própria banda.

Batemos um papo rápido com Isabel Severiano (vocais).

O Inimigo – Como a banda começou e como chegaram a proposta sonora do EP?

Isabel – A Bixanu surgiu na necessidade que eu e Hugo (guitarra e vocais) sentíamos de criar algo juntos, além da minha necessidade própria de me expressar artisticamente por meio da música (sonho bem antigo que tinha ficado adormecido por bastante tempo). Conseguimos colocar esse projeto no mundo ali pelo meio de 2024, com apoio de Edo Sadística, que proporcionou nosso nascimento como bandinha lá na Casa do Rock.

Quais influências artísticas permeiam o som de vocês?

Turnstile, Nirvana, Fugazi, Sonic Youth, Refused, Sunny Day Real State, Smashing Pumpkins e um pouquinho de Avril Lavigne (risos).

Hoje estamos com uma boa leva de bandas locais de rock e pop cantando em português, porque as letras em inglês?

As letras em inglês surgiram como uma necessidade minha de me expressar de uma forma que conseguisse desprender um pouco da vergonha na hora de falar sobre temas tão pessoais, já que sou iniciante nas composições. Porém, estamos trabalhando novas composições em português (uma delas já inclusa no nosso repertório dos shows), pois acreditamos que a conexão faz mais sentido na nossa língua mãe.

Como você falou, as letras são pessoas e giram em torno de sentimentos, de relacionamentos. Esta mais difícil hoje se relacionar com as pessoas?

Com certeza! Acredito que desde o momento onde começamos a usar as redes sociais como uma das principais formas de nos conectar com o outro, as relações estão acontecendo de forma acelerada e muitas vezes vazia. Além de que existe uma procura pela imagem perfeita do outro nesses lugares, podendo mascarar quem somos de verdade e como enxergamos as pessoas ao nosso redor.

Pra encerrar, quais as pretensões após o lançamento do disco?

Queremos continuar seguindo nas produções, temos muito material guardado que precisa ser soltado pro mundo. Além disso, queremos seguir fazendo nossos shows, coisa que nos diverte muito e é um motor pro funcionamento da banda, e quem sabe, percorrer novos lugares desse brasilzão.

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