Por Jesuíno André
Lançado em meados de maio último e muito já foi dito com propriedade sobre esse play da piauiense Növa. Esse é o segundo álbum cheio de estúdio da veterana banda alt-rock piauiense em vinte anos de estrada, ou seja, produz pouco, mas produz bem. Seus integrantes foram criados nos bons sons gringos e brasucas dos anos 90, o que fica evidenciado em suas dez faixas – do indie-rock ianque, visitando os pioneiros do noise tupiniquim ao brit-pop – sem soar de forma alguma nostálgico.
Esse trabalho demonstra claramente o amadurecimento artístico da banda: é o exercício com sonoridade de guitarras distorcidas sustentadas por melodias bem trabalhadas formatada em uma produção pensada e elaborada com gosto – gravações que duraram cerca de três anos –, inseridos por alguns “temas incidentais”.

O resultado é um primor que agrada todos os ouvidos desde a garagem punkster “Non Stop” com tons de Hüsker Dü até a bela dedilhada soundtrack em “Sunshine”, passando pela belezura destaque do play com a canção “Marks” – um espécie de mix fortuito entre o melodioso powerpop do Primary 5 e o brit-guitar do Chaterine Wheel. A conclusão ululante é que as ideias de Fernando Castelo Branco (baixo), Rubens Lerneh (Guitarra, programações e voz) e Raylanne Leal (Guitarras e violões) deu liga.
O passeio dura menos de meia-hora deixando aquela vontade de quero mais, entretanto fica o conteúdo com bastante poder de assimilação, quesito importante para as pessoas que sofrem na urgência dos tempos modernos. E aqui acrescento no rol das boas criticas que “High” figura desde a nascença entre os melhores álbuns do ano, sem pestanejar!






Deixe um comentário