No começo de 2024, no dia 13 de janeiro, a Sangre o Sistema lançou seu disco de estreia. O EP Cardinal Treze é feito de metal e punk e significados. Velocidade e peso se aliam criando uma sonoridade que alterna momentos de calmaria e outros de fúria. Tratando sobre a sociedade e seus seres cheios de problemas e suas idiossincrasias.

A banda que já foi um trio, hoje é um duo formado por Aline Morais (bateria e voz) e José Marcos (guitarra). Batemos um papo com Aline sobre as mudanças na formação, disco e mais.

O Inimigo – Para começar, queria que você falasse sobre a mudança de 4 pessoas para 2 que não é algo simples. Em termo de mudança de sonoridade, na hora de tocar e compor. Quando os 2 membros saíram como estavam as composições/captação?

Aline Morais – De fato, a mudança na formação foi e continua sendo um processo de adaptação da sonoridade da banda, especialmente nos palcos. Porém, essa alteração acabou não impactando o processo de captação do instrumental, que já tinha ocorrido quando da saída deles. A banda, desde sua fundação, é baseada no formato power trio. Só recentemente tivemos que adaptar nos palcos para o formato duo. E a experiência vem sendo produtiva do ponto de vista criativo. Em termos de sonoridade, Sangre O Sistema é uma banda de punk/hc com experimentações nos sons regionais, no stoner, e principalmente no metal. Atualmente, passamos a transitar mais entre punk e o metal, mas a experimentação ainda é um ponto forte nas novas composições da banda.

As letras falam muito sobre o homem e seus problemas. A sociedade como um todo. Fale um pouco sobre a história do disco.

O título do disco, Cardinal Treze, é uma referência ampla. Tem significados pessoais e sociais. No campo imaginário social, alude ao misticismo, “sorte pra uns e azar pra outros”. Num aspecto mais pessoal/banda, de um lado, refere-se à finalização de ciclos, por outro, do recomeço de trajetória. Em síntese, reconstrução sobre a destruição. No campo político, também é uma alusão direta ao posicionamento de esquerda da banda. As letras das composições abordam temáticas políticas, falando das utopias e distopias diárias

A captação do disco foi com Rafaum Costa, músico e produtor experiente. Como foi?

O processo de captação do EP começou em dezembro de 2022 no Cosmos Art Studio, de Rafaum. Tivemos uma pausa para o fim de ano e retomamos no início de 2023. Dois membros da banda saíram nesse meio tempo, então fizemos alguns reajustes no processo, e eu assumi os vocais da banda. Depois disso o disco foi pra mixagem/masterização, também a cargo de Rafaum.

No fim da música “Ave Cédula” tem uma fala da Maria da Conceição de Almeida Tavares. Porque adicionar a fala dela?

É um “trocadilho” sobre não estar do lado daqueles que se consideram vencedores. Por isso o “fomos derrotados”. Entre outras referências mais pessoais.

Fala sobre expectativa sobre shows em outras cidades. Como está a divulgação do disco?

Faremos shows pontuais pelo interior do RN ao longo dos próximos meses e temos planos pra uma turnê pro segundo semestre do ano. Enquanto isso, estamos divulgando o EP via plataformas, perfis e veículos de notícias do meio underground.

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