Na virada do ano sempre rolam as promessas para o ano vindouro. Pois bem, uma das minhas é ouvir mais discos e trazê-los para o site. Para ficar mais fácil, serão em forma de listas de 5 em 5 discos. Como ouço muita música dirigindo pela cidade a seção se chama “No Toca Fita”, que na verdade é bluetooth. Vamos aos primeiros de 2024. O título, dado por Alexis Peixoto, caiu como uma luva já que gosto de Bartô Galeno e tenho o disco No Toca-fita do Meu Carro.
Vitor Brauer – Tréinquinumpára 02: Rio de janeiro
Quem já conhece a obra da Lupe de Lupe vai curtir o segundo disco da andança de Vitor Brauer pelo Brasil. Ele está morando alguns meses em cidades pelo Brasil e gravando com músicos locais. Em 2023 saiu o Tréinquinumpára 01: Maceió e agora o volume 02 dedicado ao Rio de Janeiro. O disco não segue uma linha sonora, tem até uma versão do clássico samba “Meu Lugar”. E também músicas mais pesadas, mais soturnas. O que levou a uma depuração com mais audições. De cara não desceu redondo. O interessante da obra é exatamente ter uma nova cara em cada cidade que ele para.
Rancor – S/T
(Bandcamp)
Direto de Belém a Rancor lançou um disco com 10 músicas do mais puro rock pauleira, feio e agressivo. Gosto. Com gravação “ao vivo” dos instrumentos para dar aquela pegada visceral tal qual o canal No Deal que sempre indico. O nome da banda já diz tudo: descarrego dos dias em forma de música. Encarceramento, monumentos históricos questionáveis, exploração trabalhista e até uma homenagem a Olavo que dura 3 segundos.
Griyö – Afropenobeat
A musicalidade do Afrobeat com elementos brasileiros. Tudo girando em torno da ancestralidade que a música africana traz. A banda pernambucana faz dançar e refletir. A banda está na ativa desde 2008 e tem na proposta fazem um som pra cima, positivo, sem esquecer das dificuldades do dia a dia.
Sargaço Nightclub – Bioluminescente
O segundo disco da pernambucana Sargaço Nightclub aponta para várias direções. O nome pode remeter a música eletrônica, e até tem. Mas o disco na verdade tem até música acústica. Os temas também são variados e passam, ainda, pela pandemia e o genocida governo passado. Também questões ambientais e raciais. De baladas a música dançante, o disco é bem diverso.
A Terra Vai Se Tornar Um Planeta Inabitável, Magnólia – O Fim é Um Começo
Em 2023 a banda lançou o álbum homônimo e agora em 2024 saiu o EP O Fim é Um Começo com participação de Magnólia. A pegada shoegaze segue firma, mas o experimentalismo diminuiu. A sonoridade cai bem com aqueles dias cinzentos que bate uma bad e você começa a duvidar até das coisas boas que já fez com o ápice em “Memórias Póstumas”. Risos.
Revista O Inimigo 
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