Fotos: Rafael Passos / Divulgação DoSol

Domingão a tarde propício para assistir um joguinho de futebol e tomar uma cerveja. Certo? Errado! É dia de curtir uma música feia. E assim rumamos para a Pinacoteca para curtir Manjeronna, Budang, Water Rats, The Monic e Crypta. A Water Rats, no caso, substituindo a Mukeka di Rato que teve o voo atrasado vindo de Belém e perdeu a conexão em Fortaleza. Foi uma perda sensível.

Ainda com sol, a Manjeronna abriu os trabalhos com um público ainda tímido. Banda nova com influência noventista e boa presença de palco. Destaque para a vocalista Bruna Blue. Outro fato positivo é a presença de três mulheres na banda. E isso seria visto ainda na The Monic e na Crypta com quatro mulheres cada.

A Budang veio de Santa Catarina subindo o Brasil e curtindo as maravilhas do nosso Nordeste, a gente é foda mesmo. Entre um papo e outro com a plateia o som passeia pelo hardcore com várias influências. Alguns não curtiram o som, nós sim. Inclusive era uma das que mais queríamos ver: hardcore pesado, rápido, suingado e quebrado.

Budang arrepiando incautos (Foto: Rafael Passos / Divulgação DoSol)

A Water Rats teve a difícil tarefa de substituir a Mukeka di Rato que não vem a Natal há alguns anos. Fez seu papel com um rock rápido que levou às primeiras e tímidas rodas de pogo. Destaque para a camisa de um dos integrantes (a memória maravilhosa não deixa lembrar qual) com uma foto de Fábio Junior (era Fábio mesmo?). As meninas da The Monic trouxeram um punk mais pop e chamaram Quel Soares da potiguar Demonia para tocar uma música. Som dançante e pesado no grau. Me lembrou a The Donnas, que também passou pelo DoSol anos atrás.

The Dominic mandou punk rock do bom, apesar do som mais ou menos (Foto: Rafael Passos / Divulgação)

Para encerrar, veio o rolo compressor da Crypta. Sem sombra de dúvidas o show da noite. E olhe que esse que vos escreve nem gosta do estilo. Uma pancada atrás da outra sem respirar, pesada, com um instrumental diverso com destaque para Luana Dametto na bateria. Público ganho já primeira música e que curtiu até o fim. Provando porque estão a cada dia ganhando mais espaço no Metal, um cenário machista assim como o rock como um todo. Death Metal brasileiro da melhor qualidade.

Crypta depois de terraplanar a plateia com o melhor show da noite (Foto: Rafael Passos / Divulgação DoSol)

Alguns problemas de som nos shows prejudicaram um pouco as apresentações, mas nada que comprometesse os shows como um todo.

A programação do Festival DoSol segue até o dia 26/11. A programação completa tá aqui.

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